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Ações integradas que visam contribuir para identificação, fortalecimento e divulgação de grupos e instituições que trabalham com arte e cultura, envolvendo jovens brasileiros,
com foco na transformação social.

Oficinas de dança e circo unem talentos diferentes pela mesma causa

02 de Junho de 2008

 

Carmen Luz, diretora da Cia. Étnica, foi quem comandou a primeira etapa da oficina de dança realizada no Teatro do Jóquei, sábado, 31 de maio.

Para ela, nada mais natural do que a mistura e a interação entre os grupos integrantes da 2ª Mostra Brasil. "A principal característica da minha dança é que ela já nasce com um profundo desejo de aproximar as pessoas. Apesar do curto período disponível, ainda conseguimos trocar e tocar nossos corpos", vibra a bailarina, coordenadora do projeto carioca localizado no Andaraí, Zona Norte do Rio.

Ela usou sons naturais utilizando o próprio corpo: "as músicas surgidas dos nossos corpos", explica a professora, que viu na oficina uma comunhão entre formas de dança. "Não houve uma mistura de estilos. Todos os participantes tinham no seu corpo as danças populares brasileiras de origem africana. Trabalhei valorizando a particularidade de cada um".
 
O outro mestre na oficina de dança foi José Marciel Silva, bailarino da companhia Balé de Rua, de Uberlândia, Minas Gerais. Apesar de estar ali para dar aula, ele garante que chegou ao Rio com a certeza de que a 2a. Mostra Brasil é momento de aprender. "Esta diversidade é perfeita. Ela nos dá a real oportunidade de ganhar conhecimento". Com o acompanhamento da percussão, a oficina pegou fogo. "Para a dança da rua só é preciso ter força de vontade. Foi uma integração muito boa", comemora.

Circo - A oficina de circo realizada na Lona do Projeto Crescer e Viver, no Centro, no mesmo dia, comprovou, para o coordenador Vinícius Daumas, que as diferenças não são barreiras instransponíveis quando o assunto é arte. "As atividades do circo exigem confiança entre os envolvidos. Há na sua base a necessidade do trabalho coletivo", explica.

E, justamente baseado nesta crença, Vinícius não teve medo do desafio: ensinar em apenas algumas horas aos artistas de dança e música, integrantes da 2ª Mostra Brasil, lições circenses. Quando estes jovens voltarem a seus lares, levarão na bagagem muito mais do que trouxeram: além da dança e da música, agora carregam consigo a alma dos picadeiros.

"A confiança mútua foi imediata para pessoas que nunca tinham se visto", vibra Vinícius, que também debutou na empreitada. "Foi a primeira vez em que tive esta diversidade de alunos, com idades e origens distintas", explica o professor que diz não ter sentido dificuldades. "Estes meninos já trazem a linguagem corporal e a predisposição para participar de práticas diferentes. Assim mesmo, os coordenadores dos outros projetos ficaram de boca aberta e me disseram que eu fiz milagre em tempo recorde", gaba-se, cheio de razão.



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