com foco na transformação social.
Mostra Brasil abre as cortinas com visitas de intercâmbio, oficinas e muita energia
Entre as canções apresentadas, o professor Guilherme Carvalho tirou dúvidas sobre o projeto, mostrou que o instrumento também pode ser utilizado para um repertório popular e que pode ser muito bem aproveitado pelos mais jovens.
A turma que estava lá, acompanhada pelo coordenador Carlos Eduardo Vasconcelos, o Duda, já tinha certeza disso ao ver, entre os alunos, crianças de 6 anos que mostravam desenvoltura com o processo de aprendizagem. Antes da segunda parada proposta por Duda, que de seus 26 anos tem 10 de AfroReggae, a turma conheceu as instalações do Centro de Inteligência Coletiva Lorenzo Zanetti, onde são oferecidas aulas de informática para os jovens. Dali, o próximo passo foi aterrisar no mais recente espaço do AfroReggae, o Núcleo Comunitário de Cultura do Complexo do Alemão, em Ramos, Zona Norte do Rio. A música, carro-chefe da ONG, mais uma vez deu as boas-vindas. Alunos da oficina de percussão fizeram uma batucada de primeira para os participantes da 2a. Mostra Brasil.
A chegada em Vigário Geral, berço do AfroReggae, foi a mais entusiasmante. Preparados para a visita de integrantes de outras comunidades brasileiras reunidas pela 2ª Mostra Brasil, o Afro Lata iniciou os primeiros acordes, bem na entrada da comunidade. De cima da escada, os baianos do Bagunçaço já estavam animados. Encantado com a apresentação, Isaías Gomes, de 22 anos, não escondia a surpresa. "Já adorava o som deles e não sabia que o trabalho era assim, ainda mais bacana", disse o percussionista, que está em sua primeira viagem ao Rio. Além do Afro Lata, foram quatro apresentações na sede do grupo: Kitôto, Akoní, Trupe Teatro e Afro Samba. Depois de tantas demonstrações, foi a vez de aprender um pouco com o AfroReggae. O grupo se dividiu entre suas preferências, dança e percussão, sob a supervisão do diretor artístico do grupo, Johayne Hildefonso. Para Duda, acostumado a receber os visitantes, as oficinas são fundamentais. "São momentos essenciais para que haja a troca de experiências e, logo de cara, uma percepção do nosso trabalho", explica.